segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Amor infinito

Agora que penso que penso
que amar-te mais do que te amo
é finitamente possível
dentro de um infinito de capacidades emocionais,
reconheço-me infinitamente perdido no infinito do amor,
porque o que sinto é amor
e o amor é infinito
e o que sinto é infinito
e o amor é infinito
e não há infinitos maiores que outros infinitos.
Por isso, penso que penso que amar-te mais do que te amo
é infinitamente infinito e é tão ou mais infinito que o amor.

Amar-te é reconhecidamente o que penso.
Porque penso amar-te mais e mais do que penso,
porque pensar que penso que te amo mais do que penso,
é amar-te já no minuto seguinte sem este ter passado.

Aliás eu penso em movimento pensante
que te hei-de amar sempre.


"O Pensador"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Eu sei que tu não gostas...

Eu sei que tu não gostas
que te chame de meu amor,
mas não posso evitar...
Meu amor,
Não me importa o teu passado,
mas sim o que queres fazer de futuro
pois, por mais que se tenha sofrido,
tenho de acreditar que o que tenhas vivido,
é para mim imagem invertida
de um recomeço todos os dias.
Meu amor,
Se eu quisesse ver-te nua
de que serviriam estas palavras
passeando pelas nossas vidas
sem que ninguém as destrua.

Entra por esta porta que te abro
pois há muito te aguardo
que conheças o calor do meu regaço.

Edgar Vieira

sábado, 26 de julho de 2008

Se a vida fosse minha esposa....

Se a vida fosse minha esposa
De amores não morreria,
Outra coisa não quereria
Que amá-la linda e formosa.

Se a vida fosse minha esposa
Outro galo cantaria,
Não seria tortuosa,
Ai!... os caminhos que ela correria.

Se a vida fosse minha esposa
Teria o tom rosa
Da face do Amor.

Se a vida fosse minha esposa
Recebê-la-ia bondosa
Das mãos do Criador.


Edgar Vieira

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Os meus poemas não envelhecem!

Os relógios são relógios!
Toda a gente sabe disso.
E eu adoro relógios e nem toda a gente sabe disso.
Irá parecer-vos místico , mas não é!
Os relógios passam o tempo a marcar o tempo
E eu tenho o meu tempo.
Sou um relógio que não faz "tic tac tic tac"
Nem sequer sou digital
E estou para o silêncio como eu para mim mesmo.
Gostaria de ser segundo, mas não, sou primeiro!
O segundo passa muito depressa.
E nesse instante não se pode ser feliz.
Se eu fosse dez para a uma ou um quarto para as dez
Seria certamente tempo
Só que eu sou tempo sem tempo
Apesar de vocês não me lerem.
O tempo renova-se e nunca envelhece
E os meus poemas são isso mesmo:
Não envelhecem!
Transformam-se na mente de quem os lê
E feliz de quem os lê, porque se enriquece.

Hoje é dia 22 de um mês qualquer
E eu pergunto-me:
que mal tem tudo isto?!

Já agora que horas são?

Edgar Vieira

Amor cristalino

Inspirado por um sentido cristalino
Entrego-me a este momento pleno de criação,
Que sendo obra do poder divino
Revela o que de mais puro me vai no coração.

Amar-te com "às" minúsculos
É muito mais do que desejar-te com "dê" maiúsculo.
É embriagar-me de fortes emoções
Que somente num coração apaixonado
Elas se fazem revelação.

Amo com todas as letras
E apesar de elas serem poucas
São mais belas que as borboletas
Que voam pelos campos soltas.

Edgar Vieira

terça-feira, 6 de maio de 2008

Poesia Livre

AMOR MEU QUE BRILHAS NO SOL POENTE

Amor meu que brilhas no sol poente
Fazei com que este sentimento esteja sempre presente.
Em direcção a um futuro melhor tu me tens guiado,
E eu por mim jamais fico parado.

Os estatutos são diferentes mas os gostos semelhantes
O que nasceu entre nós promete crescer.
Por vezes tenho medo de deitar tudo a perder
Por te querer oferecer um anel de brilhantes.

És sem dúvida a minha grande paixão
Parece que fomos feitos um para o outro.
Por vezes apetece-me pegar na varinha de condão
E convocar de hora a hora um encontro.

Já não tenho mais assunto para dizer
Fascinas-me com a tua presença.
Amor eterno é a feliz sentença
E unidos continuaremos a crescer.



Paulo Relvas
05/05/2008