quinta-feira, 3 de julho de 2008

Os meus poemas não envelhecem!

Os relógios são relógios!
Toda a gente sabe disso.
E eu adoro relógios e nem toda a gente sabe disso.
Irá parecer-vos místico , mas não é!
Os relógios passam o tempo a marcar o tempo
E eu tenho o meu tempo.
Sou um relógio que não faz "tic tac tic tac"
Nem sequer sou digital
E estou para o silêncio como eu para mim mesmo.
Gostaria de ser segundo, mas não, sou primeiro!
O segundo passa muito depressa.
E nesse instante não se pode ser feliz.
Se eu fosse dez para a uma ou um quarto para as dez
Seria certamente tempo
Só que eu sou tempo sem tempo
Apesar de vocês não me lerem.
O tempo renova-se e nunca envelhece
E os meus poemas são isso mesmo:
Não envelhecem!
Transformam-se na mente de quem os lê
E feliz de quem os lê, porque se enriquece.

Hoje é dia 22 de um mês qualquer
E eu pergunto-me:
que mal tem tudo isto?!

Já agora que horas são?

Edgar Vieira

Sem comentários: